Quer
falar sobre Pombagira?
Comece
falando do seu íntimo. Porque Pombagira entra no íntimo das pessoas e revela o
que ali está escondido. Mas é para ajudar!
O
que fica escondido? Só aquilo que não queremos ver dentro de nós e, por isso
mesmo, escondemos dos outros também. São os recalques, as frustrações, as
mágoas, até o ódio, muitas vezes. Empurramos todo esse lixo psíquico pra
debaixo do tapete, deixando de fora tudo bem arrumado... Só que um belo dia, um
ventinho de nada levanta a ponta do tapete e aquilo tudo fica de fora... Chegou
a hora da faxina!
Tem
gente que põe tanta coisa debaixo do tapete que não consegue mais andar com
equilíbrio, fica tropeçando nos montinhos de sujeira. Pra quê isso? De onde vem
essa mania de “perfeição”? E é perfeição, ou é hipocrisia?
Porque
muitas vezes a criatura esconde bem suas mazelas e sai apontando o dedo para os
outros, acusando e discriminando com uma força que dá medo!
Pra
se viver é preciso coragem.
Coragem
de se olhar e reconhecer quem foi, quem gostaria de ser e quem “está sendo”.
Porque nem sempre isso vai bater, podem aparecer “muitos eus” diferentes.
Tantos, que a pessoa não encontra mais paz e contentamento em nada e com
ninguém. Pudera! Se ela está tão dividida assim, qual dessas partes é a real?
Provavelmente, nenhuma...
Quem
não se reconhece não está existindo de verdade. É só faz de conta.
Pra
se reconhecer é preciso coragem.
Pra
se aceitar é preciso coragem.
Pra
mudar aquilo que não corresponde ao seu querer verdadeiro é preciso coragem.
E
Pombagira traz essa coragem, essa força de viver. Pombagira não tem meias palavras.
Porque aquele que chega à frente de Pombagira, é porque já tentou de tudo e
nada conseguiu. Então, Pombagira não pode mentir e falar meias verdades.
Pombagira
não é a dona da verdade.
Ninguém
é. Mas Pombagira fala a Vontade da Lei Maior, que comanda tudo e todos.
Pombagira
é só a mensageira.
Pombagira
traz a mensagem para aqueles que se perderam nas encruzilhadas de dentro de si
mesmos e, por causa disso, também se perderam nas encruzilhadas da vida. Se
você não está perdido em si mesmo, então vai achar o caminho, mesmo diante de
todas as encruzilhadas.
Mas
quem não sabe direito quem é, o que está fazendo por aqui da sua vida e o que
quer para a sua vida, então aí o resultado é juntar lixo.
Lixo
emocional, lixo mental, lixo psíquico.
E
o que tem nesse lixo? Só lixo...
São
as frustrações, as decepções, as tristezas acumuladas, os rancores contra si mesmo
e os outros. Não servem pra nada. A não ser que a pessoa examine a causa
daquilo e combata A CAUSA e não a si mesma e nem aos outros. Os outros têm lá
suas encruzilhadas internas e muitas vezes nos magoam por estarem perdidos
também.
O
único jeito de acabar com isso é revirar o próprio lixo. Algumas coisas podem
ser recicladas. A tristeza vira choro, depois vira pé no chão, depois vira
atitude nova, pra depois trazer vida nova. A frustração vira olho aberto,
depois vira tomada de consciência, depois vira responsabilidade pelo engano
cometido, depois vira senso de realidade, depois vira estudo, depois vira
renovação das capacidades, pra então trazer sucessos. E assim vai.
Pombagira
conhece a escuridão que mora nas almas porque já passou por ela.
Pombagira
já errou muito e aprendeu com os erros. Pombagira aprendeu também a se perdoar
por ter errado, buscou coragem para recomeçar e recomeçou.
E
agora Pombagira vem convidar a todos que guardam escuridão em seus corações
para uma conversa amiga e franca: vamos remexer esse lixo? Vamos reciclar o que
pode ser reciclado? Vamos queimar o que não presta pra nada?
Se
você tem coragem de começar, venha! Se ainda não tem, venha de qualquer modo,
pois juntos nós vamos encontrar essa coragem. Estímulo não falta em Pombagira!
Então,
venha! Vamos rir um pouco dessas bobagens, e vamos trabalhar pra melhorar.
No fundo, no fundo, tudo isso são bobagens. Rindo, a gente vai desfazendo todas
elas. Depois, é só fazer por onde ser feliz...
Saravá!
Axé e até...
Querendo,
a gente se encontra...
Pomba-Gira Maria Padilha
Mensagem psicografada pela médium Fátima Gonçalves, publicada originalmente no Jornal de Umbanda Sagrada em Novembro de 2011