Sejam Bem-vindos ao Blog da SEFA!

A Seara Espiritualista Falangeiros da Aruanda - SEFA - é uma Organização Religiosa de Umbanda, que traz como base doutrinária a Escola de Caboclo Mirim. Nosso objetivo é seguir os princípios fundamentais da Umbanda e seus ensinamentos na prática da caridade. Nossa Matriz fica no bairro de Piedade, e nossas filiais em Sampaio e Vila Isabel (Rio de Janeiro)

quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

Presentes Polêmicos


Nos últimos dias do ano é comum ver nas praias brasileiras grupos de umbandistas, ou até mesmo um filho de fé “solitário”, fazendo suas homenagens para Iemanjá. Muitos agradecem pelo ano que passou, outros fazem pedidos para o próximo ano, e ainda há aqueles que apenas fazem uma prece à rainha do mar. E não são poucas as oferendas. Flores, perfumes, espelhos, frutas, tudo para ser entregue e Mãe dos Orixás. Barcos são cuidadosamente ornamentados. Quando é um terreiro que prepara, antes da oferenda, em geral, é feita uma Gira em homenagem à Iemanjá e a todo o povo do mar.

Mas após o ritual religioso o que fica muitas vezes na praia é uma coisa só: lixo. Esse tipo de oferenda já foi alvo de muita polêmica. Foram várias as discussões sobre o assunto, sem que se chegasse a qualquer conclusão. A Constituição Brasileira nos garante a liberdade de culto. No entanto, para os que não são seguidores da religião, a impressão de sujeira e agressão ao meio ambiente deixa um ponto negativo, principalmente para a Umbanda. As homenagens à Iemanjá acabam, muitas vezes, se tornando alvo de preconceito. Há casos em que a população pede ajuda do poder público para impedir qualquer tipo de festividade religiosa ou oferenda feita na praia nos festejos de final de ano.

E o que nós umbandistas achamos deste assunto? O Tupixaba da SEFA, CCT Cristiano Queiroz, diz que não é contra as giras na praia, mas alerta para os cuidados que se deve ter com a limpeza, ao final dos trabalhos: “Acho que a giras na praia são importantes até mesmo como uma marca cultural de nosso país. Mas, assim como em nossos terreiros, devemos ter a consciência de que estamos usando um espaço público, e todos têm direito à sua utilização, assim como o dever de bem preservá-lo”, afirma o comandante geral da nossa Organização Religiosa.

No primeiro dia do ano são encontrados na beira da praia garrafas de sidra, velas, caixas de fósforo, alguns alguidares com comida, deixando um rastro de poluição que não será “aproveitado” por nenhuma entidade. Até porque os garis se encarregam de retirá-los da praia, junto com outras toneladas de lixo deixadas após as festas.


Por isso, vários umbandistas, conscientes de suas responsabilidades como cidadãos já buscam fazer toda a sua ritualística já se comprometendo em deixar o ambiente limpo e utilizável para os outros. Respeito à natureza e ao espaço de cada um é também uma forma de demonstração de fé e de devoção que os umbandistas têm com as suas entidades, e com os orixás da Umbanda, uma vez que cada linha representa cada força da natureza.

terça-feira, 8 de novembro de 2016

Umbanda: Patrimônio Cultural do Rio

Hoje foi publicado na coluna do Ancelmo Gois, em O GLOBO:

Foto: Cléber Júnior / Jornal Extra

O prefeito Eduardo Paes publicou, hoje, decreto que declara a Umbanda como patrimônio cultural de natureza imaterial do Rio. O Instituto Rio Patrimônio da Humanidade fará o cadastro dos terreiros. O primeiro já cadastrado é a Tenda Espírita Vovó Maria Conga de Aruanda, no Estácio.

História de luta contra a perseguição e a Intolerância

Desde a sua fundação, no início do século passado, a Umbanda enfrentou uma série de preconceitos vindos da sociedade, de outras religiões e até do próprio Estado.

Com Getúlio Vargas no poder, Umbanda sofre perseguição do Estado
Uma lei datada de 1934 colocou a Umbanda nos grupos sob a jurisdição do Departamento de Tóxicos e Mistificações da Polícia do Rio de Janeiro, na seção especial de Costumes e Diversões, que lidava com problemas relacionados com álcool, drogas, jogo ilegal e prostituição. Praticar a Umbanda era então uma atividade marginal (perdurou com tal classificação até a reorganização do Departamento de Polícia do Rio, em 1964).

Registrados ou não, os umbandistas e demais praticantes de cultos afro-brasileiros ficavam expostos à severa perseguição policial do Rio. Não era difícil ver a polícia invadir e fechar terreiros, confiscando objetos rituais, e muitas vezes prendendo os participantes.

Muitos terreiros na época foram registrados com a denominação de "Centro Espírita" como forma de proteção às próprias casas, já que o Kardecismo era mais praticado pela classe média alta e era livre de perseguição.

A memorável Gira no Maracanãzinho

Mas o movimento umbandista foi ganhando força na metade do século passado, principalmente com a criação das entidades federativas como a União Espiritista de Umbanda do Brasil (UEUB), o Primado de Umbanda e a Confederação Espírita Umbandista do Brasil (CEUB), dentre outras.
Ainda assim, por mais que a Umbanda fosse reconhecida como religião e tivesse cada vez mais adeptos, muitas pessoas, até por falta de conhecimento, mistificavam a Umbanda e jogavam à condição de marginalidade.

Uma das maiores perseguições sofridas pela religião acontece a partir dos anos 80, com a ascensão da Igreja Universal do Reino de Deus e outras igrejas denominadas neopetencostais.


Culto da IURD, onde entidades de Umbanda são chamadas de "demônios"

Com a popularização das mídias sociais ficou mais fácil explicar os trabalhos de Umbanda e desmistificar muitos assuntos acerca da nossa religião. Isso abriu os olhos da sociedade para a questão da intolerância religiosa, que vem sendo combatida or diversos grupos da nossa sociedade, independentemente de ligações políticas ou partidárias. O que se pretende assegurar é que vivemos em um Estado Laico, onde toda forma de culto deve ser respeitada, e todas as religiões devem conviver em paz.

Terreiro invadido e depredado por fanáticos religiosos, na Zona Sul do Rio de Janeiro

Agora, com o decreto que reconhece a religião como um patrimônio do Rio, cabe a nós, como umbandistas e também como cidadãos, zelarmos para que esse decreto seja cumprido não só agora, mas em todos os outros governos sucessores.

quarta-feira, 2 de novembro de 2016

Vida após a morte


Um dos maiores mistérios que envolvem a fé humana vem à tona no início do mês de novembro, com o Dia de Finados (02/11): existe vida após a morte?

Milhões de pessoas Brasil e mundo afora se lembram de seus mortos nesta data; limpam e arrumam os túmulos de entes queridos, levam flores a cemitérios, fazem preces em nome dos que partiram. Em nosso país, é um dia naturalmente triste, no qual muitos choram ou se recolhem tocados pela saudade. Em algumas culturas, como a mexicana, é um dia de celebração, no qual uma festa é oferecida para os antepassados que se foram.

Mas em qualquer lugar, a indagação e a esperança é a mesma: um dia iremos reencontrar essas pessoas? Elas estão entre nós, mesmo que apenas em espírito?

A Umbanda acredita e tem indícios claros de que sim. As religiões ditas espiritualistas em geral, que creem que nós somos parte matéria e parte espírito, têm essa convicção. Existem registros da época do Egito Antigo que já relatavam a jornada para o Além e, por esse motivo, a cultura da mumificação foi tão difundida nessa sociedade: acreditava-se que era necessário manter o corpo conservado para garantir a sobrevida daquele que partiu.


Todas as religiões cristãs acreditam que a vida não acaba no túmulo, embora a reencarnação seja rejeitada por muitas delas. A Umbanda, como religião mediúnica, não só crê na eternidade do espírito e em vidas passadas e futuras como também no trabalho constante com esses que se foram e hoje estão em estágios mais evoluídos do que nós, que estamos encarnados na Terra. Temos a certeza de que nosso corpo é uma morada passageira para o nosso espírito e que, como tal, deve ser respeitado e bem cuidado para nossa evolução. E após o desencarne, ou seja, a morte do corpo, nos encontraremos novamente na Pátria Espiritual, que é a nossa verdadeira morada. Portanto, o Dia de Finados é uma data respeitada na Umbanda, em especial pela atmosfera de consternação em que o mundo se encontra, porém não é para ser um dia triste. Lembremos com carinho daqueles que se foram e tenhamos a certeza de que ainda nos encontraremos com eles em outro plano.

Nesse feriado de finados, faremos uma corrente de preces para os desencarnados em nossa sessão de Passe e Irradiação com os Pretos Velhos na Matriz. Por ser feriado, a sessão começa mais cedo: às 18h.

Confira o nosso calendário de Novembro e programe-se!

terça-feira, 1 de novembro de 2016

Atividades de Novembro

Novembro, segundo a Escola de Caboclo Mirim, está sob a irradiação de Iofá - energia que rege a falange dos nossos queridos Pretos Velhos.

Esse mês também é muito importante para a Umbanda, pois é quando celebramos 108 anos de nossa religião.

Confira abaixo as atividades da SEFA - Matriz e Filiais - para o mês de Novembro


FEIJOADA FRATERNA

Aproveitando as comemorações dos 108 anos da Umbanda, a SEFA realiza mais um evento beneficente. É a 3ª edição da Feijoada Fraterna. No menu principal a tradicional Feijoada. Mas para aqueles que não apreciam o prato típico, teremos como prato alternativo um Strogonoff de frango. Além da comida e da sobremesa o evento ainda conta com samba ao vivo, brincadeiras e sorteio de prêmios.

O objetivo do evento é continuar arrecadando fundos para que a SEFA invista na compra de um imóvel para instalação de sua sede própria, além de obras de melhorias que precisam ser feitas na Matriz (Piedade) e nas Filiais (Sampaio e Vila Isabel). “Em tempos de crise, a união de todos e a ajuda de amigos são fundamentais”, comenta o CCT Cristiano Queiroz, Tupixaba da SEFA. 

Pela primeira vez o evento será realizado na nossa Matriz, que teráo espaço adaptado para a festa. 
"Não é uma festa religiosa. É uma confraternização entre amigos e familiares", assegura o nosso Tupixaba. 

Os ingressos antecipados custam R$ 15 (adulto) e R$ 12 (criança), e dão direito a uma refeição. Na hora os valores são R$ 20 (adulto) e R$ 15 (criança). 

Solicitamos também 1kg de alimento não perecível, para ajudar as campanhas das cestas básicas que são distribuídas pelo NOS da SEFA.


terça-feira, 25 de outubro de 2016

Salve as Ibejadas! Salve Crispim e Crispiniano!


Hoje é dia de Crispim e Crispiniano.

Conta a História que Crispim e Crispiniano eram irmãos de origem romana. Cresceram juntos e se converteram ao cristianismo na adolescência. Ganhando a vida no oficio de sapateiro eram muito populares, caridosos e pregavam com ardor a fé que abraçaram, inclusive ajudando crianças. Com a perseguição aos cristãos, fugiram para Soissons, na França, onde foram mortos de forma cruel por não renegarem sua fé. Na Igreja Católica, são considerados os padroeiros dos sapateiros.

Assim como São Cosme e São Damião, também são  santos irmãos. Por isso, nesse dia, muitos umbandistas rendem suas homenagens aos Ibejis, que são os Orixás gêmeos e chefes da falange das Crianças do Astral.

A SEFA realizou uma Louvação a Crispim e Crispiniano, com as Ibejadas, no últimos sábado, dia 22, na nossa Matriz em Piedade. E hoje será feita a última Louvação as Ibejadas no ano de 2016, na nossa filial de Vila Isabel, às 20 horas. 

quinta-feira, 13 de outubro de 2016

92 anos da Tenda Espírita Mirim

Hoje um dos maiores templos de Umbanda, e referência para muitos terreiros, completa aniversário. A Tenda Espírita Mirim, berço da Escola da Vida trazida pelo Caboclo Mirim, celebra mais um aniversário de uma trajetória marcante no cenário da nossa religião.

Matriz da Tenda Espírita Mirim, na Zona Norte do Rio, nos anos 1970

A História já nos conta que a primeira incorporação do Caboclo Mirim se deu em 1920, dando início a uma grande obra de caridade dentro da doutrina de Umbanda. O seu médium, Benjamin Figueiredo, considerado um dos baluartes da nossa religião pelo seu exemplo de mediunidade missionária, trabalhou juntamente com o Caboclo das Sete Encruzilhadas, fundador da Umbanda através do seu médium Zélio Fernandino de Morais.

Sessão de Caridade (Passe e Irradiação), realizada na Matriz, final dos anos 1960

Quatro anos depois, o Caboclo Mirim prepara o seu aparelho para a missão de abrir a sua própria Casa, trazendo para esse plano os ensinamentos de uma doutrina que ele batiza de “Escola da Vida”. Em 13 de Outubro de 1924 nascia o terreiro, que inicialmente foi batizado de Seara de Mirim. No terreiro orientado pelo Caboclo Mirim não havia imagens católicas no altar, a não ser a de Jesus Cristo situado acima da altura da cabeça dos médiuns, onde se lia a inscrição “O Médium Supremo”. Foi um primeiro passo em busca de uma identidade própria para a Umbanda, buscando-se dignificar o culto e seus participantes, tendo como base a organização e a disciplina do conjunto do corpo mediúnico da casa umbandista. Em 1942 a Seara passou a se chamar Tenda Espírita Mirim, com a inauguração da sua majestosa Matriz, na antiga Rua Ceará (atual Avenida Marechal Rondon). 

Matriz da Tenda Espírita Mirim nos dias de hoje

Na Tenda os trabalhos da Escola de Mirim se consolidaram, com as sessões de caridade e também as magníficas Giras mensais, sempre sob o comando do Caboclo. No salão do terreiro, cerca de 2 mil médiuns da Tenda Mirim, suas filiais e outras Casas coirmãs, confraternizavam com seus Caboclos e Pretos Velhos em uma só poderosa vibração de amor aos Orixás e à Umbanda. 

Matriz da Tenda Espírita Mirim

Esse ano a Tenda completa 92 anos com o imponente templo erguido na Zona Norte do Rio de Janeiro. Verdade que os tempos mudaram da sua fundação para os dias de hoje. Das mais de 60 filiais que a Tenda tinha, ficaram apenas 12. Mas não há como negar que a Tenda Espírita Mirim foi um grande marco para a história de nossa religião. 

Nosso Tupixaba, CCT Cristiano Queiroz, ainda como médium da TEM, na Gira de Ibejadas da Matriz em 2000
Porém a doutrina de Mestre Mirim continua a se difundir na seara umbandistas através de irmãos que já passaram pela TEM, seja em sua Matriz ou em alguma de suas filiais. Esta mesma doutrina é seguida por diversas tendas de Umbanda espalhadas por todo o mundo, como, por exemplo, a SEFA.

Matriz da SEFA

sábado, 1 de outubro de 2016

Atividades de Outubro

No mês de Outubro ainda continuamos com a presença marcante da energia das Crianças.

Abrimos o mês com a Gira Festiva das Ibejadas, hoje na Gira Mensal da SEFA Sampaio. E terminamos o mês louvando as Crianças do Astral, homenageando também Crispim e Crispiniano.

Segue o calendário de atividades do mês de Outubro da nossa Matriz Piedade e das filiais Sampaio e Vila Isabel.

Para informações sobre as sessões, horários, endereço ou como chegar nas Casas da SEFA, mande mensagem para nosso WhatsApp (21) 99266-3786.


sexta-feira, 30 de setembro de 2016

Xangô: o senhor do livro da Vida e da Lei


Ainda no finalzinho do mês celebramos mais uma força da Umbanda: com a passagem do dia de São Jerônimo, os nossos irmãos de fé remetem suas homenagens a Xangô.

É São Jerônimo que tem a imagem com um leão ao lado e segurando um livro com uma pena, que seria a Bíblia. Conta a História que São Jerônimo foi o primeiro tradutor da Bíblia do grego antigo e do hebraico para o latim, ajudando na sua proliferação pelo mundo. Por esse motivo, é patrono dos bibliotecários e dos tradutores, também das secretárias. Segundo os registros a respeito de São Jerônimo que tinha um temperamento muito difícil, quase selvagem, e que apenas Jesus conseguia domá-lo. Por isso, passou a parte mais rica de sua vida em Belém, junto ao berço de Cristo. Ele se correspondeu com quase todas as pessoas importantes do seu tempo e encaminhou muitas outras aos ensinamentos de Deus.

A associação de Xangô a São Jerônimo é refletida em alguns pontos cantados de Umbanda, nos quais ouvimos: “pega no seu livro e vai lendo, pega na pena vai escrevendo”, “que mata é essa que o leão não entra” ou “e lá na mata um leão bradou, saravá Iansã, saravá Xangô”.


XANGÔ - O Orixá da Justiça, como é conhecido na Umbanda e no Candomblé, é um dos que mais tem representações dos santos católicos. A ele também estariam associadas as imagens de São Jerônimo (a mais conhecida, que se trata de um ancião com um livro e um leão ao lado), e também de São José. Xangô é a força espiritual que representa a Justiça Divina. Muitas pessoas simpatizantes da Umbanda e de cultos africanos em geral depositam em Xangô a fé para a resolução de problemas de natureza jurídica, situações de humilhação ou de desentendimentos, tudo aquilo fora do alcance humano. 

O termo “Xangô” é originário do iorubá “Sàngó” (forma como é escrita pelos irmãos dos cultos mais africanistas), e o seu significado seria “Senhor dos Raios ou das Almas”. Nesses cultos Xangô ainda é personificado como um rei forte e severo que traz em suas mãos dois machados cruzados que cortam para os dois lados, simbolizando imparcialidade nas decisões. Inclusive, benevolência, severidade, rigidez, entre outras qualidades humanas são atribuídas a Xangô. A esse orixá também estão associados elementos como a balança, o machado e os trovões, sendo as montanhas, pedreiras e terrenos rochosos o seu sítio energético natural na Terra. A balança é a Justiça Divina que a força espiritual de Xangô representa. Porém, o seu símbolo principal é o machado de duas faces, significando a Lei Maior de Deus, a causa e o efeito. Quem pede justiça a Xangô pode não ter o resultado desejado, pois o seu campo de atuação vai além da pequena justiça dos homens. Xangô representa o poder equilibrador de Oxalá, inabalável e rígido como uma pedreira.

Dentro do culto  da Umbanda, de uma maneira geral, os Orixás não incorporam. Não se incorpora o fogo de Xangô, os ventos de Iansã, as águas doces de Oxum, etc. Logo, o que se vê dentro dos terreiros são o que chamamos de Falangeiros dos Orixás, espíritos de grande força espiritual que trabalham utilizando a energia de um determinado Orixá. À força da irradiação de Xangô estão ligadas outras diversas ordens, que s ã o as falanges do Orixá. Dessa forma, temos: Xangô Aganju, Xangô Agodô, Xangô Kaô, Xangô Alafim, dentre outras falanges com as quais os espíritos se afinizam para atuarem no terreiro sob a irradiação do Orixá. Na Seara Espiritualista Falangeiros da Aruanda (SEFA), a linha de Xangô está representada no ponto da Casa, que traz as sete linhas vibracionais da Umbanda, simbolizado pela estrela amarela. Na Linha de Xangô, São João Batista está associado à irradiação de Xangô Kaô, a qual também está ligada a falange do Povo do Oriente, grandes espíritos curadores e de sabedoria milenar. 

segunda-feira, 26 de setembro de 2016

Santos Gêmeos padroeiros das Crianças da Umbanda


A Umbanda é uma religião genuinamente brasileira, que une fundamentos e tradições indígenas, com os cultos aos orixás africanos e também aos santos da igreja trazidos pelos europeus, ainda na formação da matriz da nossa população. Como resultado, vemos celebrações que são feitas nas igrejas católicas coincidindo com festas nos terreiros de Umbanda. Como hoje, dia em que comemoramos dois santos muito populares no Brasil, não só na Igreja Católica como também na Umbanda: São Cosme e São Damião, os santos gêmeos.


Segundo a história dos nossos irmãos católicos, Cosme e Damião teriam vivido na Síria, por volta do século III. Estudaram e praticaram a Medicina, sem cobrar nada pelos seus trabalhos. Alguns relatos comprovariam que os gêmeos realizavam transplantes de órgãos e implantes de membros em amputados. Suas curas foram vistas pelo imperador Diocleciano como ato de feitiçaria e bruxaria. Os gêmeos acabaram sendo decapitados. 

Após o martírio os dois seriam vistos em materializações, operando crianças. Por isso que Cosme e  Damião são considerados padroeiros dos farmacêuticos, médicos (em especial os cirurgiões) e protetores das crianças.

Igbejis
Na Umbanda São Cosme e São Damião tornaram-se padroeiros da falange das chamadas Ibejadas. O termo “Ibejadas” vem de "Ibejis", variação do termo yorubá “Igbeji” que quer dizer gêmeos. Por isso fazemos a ligação das Ibejadas a São Cosme e São Damião, santos gêmeos do catolicismo. As Ibejadas são espíritos que utilizam a representação fluídica de uma criança para trabalhar no terreiro de Umbanda. Seus nomes, em geral, estão sempre no diminutivo e ligado a um elemento da natureza, que representa a força de trabalho daquele espírito (Por exemplo, Pedrinho da Praia, Andrezinho das Nuvens, Juquinha da Cachoeira, Joaninha da Mata, etc).

Apesar do dia de São Cosme e São Damião ser oficialmente no dia 26 de setembro pelo calendário católico, no Brasil a festa em louvação aos santos gêmeos ganha mais força no dia 27. Isso porque vários terreiros de Umbanda festejam o dia das Ibejadas, fazendo a tradicional distribuição de doces. 

Ninguém sabe ao certo onde, nem como teria surgido essa tradição de dar doces para as crianças no dia de Cosme e Damião. Mas é uma prática ainda muito comum e popular, principalmente no Rio de Janeiro. Em algumas regiões do país, e principalmente nos barracões de candomblé, são preparados os carurus, comida típica afrobrasileira, para serem ofertados aos “erês” (termo em iorubá que quer dizer “crianças”). 

Outra curiosidade é que na imagem original católica só aparecem os dois santos, enquanto que na imagem utilizada pelos irmãos umbandistas aparece uma criancinha entre os dois santos, vestida como eles. Essa criança é chamada de Doum (mais uma variação do termo em iorubá "Idowu"), que personifica as crianças de até sete anos de idade, sendo Doum o protetor dos pequenos nessa faixa etária.  


Preconceito - Porém, a intolerância religiosa pregada por alguns seguimentos neopentecostais vem ameaçando essa tradição popular. Num blog chamado “Arsenal do Crente”, o autor da página acusa os Umbandistas de “idolatria”, e afirma que a distribuição de doces estaria “cultuando a demônios que lançam sementes das trevas e de morte na vida de milhões de pessoas”. Outro site, da Comunidade Evangélica Academia da Fé, publica uma matéria sobre Cosme e Damião que “o ato de dar doces é uma ação poderosa do diabo em fisgar o coração das nossas crianças”, afirmando que nas guloseimas estariam contidas milhares de maldições. 

“Infelizmente essa perseguição das igrejas neopetencostais é uma dura e cruel realidade”, lamenta o CCT Cristiano Queiroz. “A disseminação da ignorância e da exploração da fé está distruindo não apenas um ato religioso, mas uma tradição cultural”, completou o Tupixaba da SEFA.

No último sábado, dia 24, a SEFA abriu o período de festividades em homenagem à São Cosme, Damião e Doum e também à todas as Ibejadas.

A Gira Festiva das Ibejadas, realizada na Matriz em Piedade, foi aberta pelo Caboclo Sete Estrelas e pela corrente de Caboclos da Casa. Em seguida o terreiro foi aberto para as Ibejadas, que sob a tutela do Caboclo Araribóia (CCT Paulo Henrique Brazão) e mais dois Caboclos de Abarés da casa, firmaram uma alegre e fortalecida corrente, conduzida pelo Pedrinho da Praia e Andrezinho das Nuvens (guias do CCT Cristiano Queiroz).


Amanhã, dia em que todos os irmãos umbandistas comemoram o dia de São Cosme e São Damião, a Gira Festiva das Ibejadas será na filial de Vila Isabel, com início às 20 horas.


E terminando a semana com a alegria das Ibejadas, no sábado, dia 1º de Outubro será a vez da filial de Sampaio fazer a sua festa com as Crianças do Astral, na Gira Mensal da SEFA Sampaio, com a Festa das Ibejadas, a partir das 15h.


Acompanhe nosso calendário, ou informe-se pelo telefone (21) 99266-3786 (mande também um recado pelo WhatsApp).

quarta-feira, 21 de setembro de 2016

Doces de Cosme e Damião: a força de uma tradição

Foto: Paulo Jacob/Jornal Extra

Quando se fala no mês de setembro os olhos de muitos filhos de umbanda parecem brilhar de alegria, principalmente as crianças. E não é para menos. Neste mês comemora-se o dia de São Cosme e São Damião, que na Umbanda são representados pela falange dos Ibejis, a linha das chamadas Ibejadas.

Umbanda - Apesar do dia de São Cosme e São Damião ser oficialmente comemorado pelos católicos no dia 26, a festa em louvação aos santos gêmeos ganha mais força no dia 27, por causa das tradicionais distribuições de doces, realizadas pelos nossos irmãos umbandistas.

Ninguém sabe ao certo onde, nem como teria surgido essa tradição de dar doces para as crianças no dia de Cosme e Damião. Mas esse gesto de muitos devotos já se tornou parte da cultura de muitas regiões onde a prática é adotada.

Distribuição de doces na SEFA Sampaio - Arquivo 2014

“Isso prova a importância da Umbanda, não somente no aspecto religioso, mas também na formação da identidade cultural do nosso povo.”, afirma o Tupixaba da SEFA – CCT Cristiano Queiroz.

Em outras partes do país, principalmente no nordeste, há também distribuição de caruru, comida típica, que na prática do candomblé é oferecida aos erês (termo Iorubá que quer dizer crianças).

O termo “Ibejadas” vem de Ibejis, variação do termo yorubá “Igbeji” que quer dizer gêmeos. Por isso a ligação pelo sincretismo a São Cosme e São Damião. Há também outros dois santos gêmeos que também são ligados aos Ibejis – São Crispim e São Crispiniano – cujas celebrações são feitas no mês que vem. Outra particularidade da Umbanda é que nos terreiros a imagem de Cosme e Damião ganha um “irmãozinho”. É Doúm, uma variação do termo yorubá “Idowu” que se refere às crianças de até sete anos de idade.


Infelizmente, a intolerância pregada por muitos seguimentos neopentecostais e também parte da própria Igreja Católica contra a distribuição dos doces de Cosme e Damião, associando a brincadeira das crianças com adoração a demônios, vem acabando com esta manifestação religiosa e cultural.

A SEFA realizará a Festa das Ibejadas no dia 24 de Setembro, sábado, a partir das 15 horas, na nossa Matriz em Piedade.
Rua Manuel Vitorino 420 - Piedade, RJ.


Já no dia 27, terça-feira, será realizada a Festa das Ibejadas da filial de Vila Isabel, a partir das 20h.
Rua Luís Barbosa 58 sobrado - Vila Isabel, RJ


E na SEFA Sampaio a festa das crianças será no sábado seguinte, dia 1º de Outubro, durante a Gira Mensal da filial, a partir das 15h.
Rua Paim Pamplona 240 - Sampaio, RJ.


quinta-feira, 8 de setembro de 2016

Os perigos do médium que se afasta da corrente

Fora da caridade não há salvação.



Mas é preciso entender o que é caridade. Na última sessão que tivemos na nossa Matriz, o Caboclo Sete Estrelas nos disse: “caridade não é você dar o que sobra, mas compartilhar o que tem. Quando você dá o que sobra, você está dando um fim para aquilo não lhe faz falta.”

Outro ponto que o Caboclo frisou é na questão do tempo dedicado à caridade. “Há filhos que se dispõem do seu tempo para estarem no terreiro praticando a caridade. Outros filhos só vem ao terreiro se não tiver nada programado.” Nesse caso, segundo o Caboclo, não está dedicando seu tempo à caridade, está preenchendo aquele último espaço de tempo que sobrou com alguma coisa. Do tipo “vou ali no terreiro sarava um pouquinho, já que não surgiu nada para fazer.”

E é uma triste verdade. O médium de Umbanda é muito mal acostumado a não comparecer no terreiro. Ou só lembrar quando as coisas apertam.
Caboclo Mirim sempre nos alerta que, quando ingressamos em um trabalho espiritual num terreiro, passamos por três estágios.

O primeiro estágio é o da empolgação. O médium vê o terreiro todo bonito, vários irmãos trabalhando com seus Caboclos, Pretos Velhos, Ibejadas, todos girando no terreiro... Pede logo para entrar, veste o branco e vai todo alegre. Muitos achando que tudo será um mar de rosas, que todos os problemas serão resolvidos, agora que ele é “oficialmente do santo”.
Já houve médium que com um mês de Casa chegou para mim e disse: “Quero ser um CCT que nem você.” Eu disse de volta: “Não peça isso! Mas se essa for sua missão, peça que seus guias te preparem, te deem paciência, sabedoria, disciplina e, principalmente... perseverança.”
Infelizmente médiuns assim, na mesma empolgação que se vêm tão rápido se vão, porque não buscam preparo para a segunda fase do trabalho mediúnico.

O segundo estágio é do desânimo. O médium começa a ver que precisa se comprometer com a Casa, que precisa se doar, precisa estudar a doutrina, precisa compartilhar as tarefas com seus irmãos, precisa entender as reais necessidades do terreiro naquele trabalho específico para melhor atende-las. A partir daí, os seus problemas começam a falar mais alto: financeiros, familiares, trabalho, tempo, tempo, tempo...
E qualquer desculpa vira uma bengala para o médium não estar presente: calor, frio, chuva, trânsito, trabalho, dor de cabeça, dor de garganta, dor de barriga, dor no pé, briga com pai, briga com mãe, briga com marido, briga no trânsito... Enfim, o médium vai ficando tão acostumado a faltar o terreiro, que ele vê isso como algo normal, num perigoso ciclo de auto boicote ao seu próprio trabalho mediúnico.
Uma coisa é certa. Para um bom desenvolvimento espiritual, precisamos de duas coisas: estudo teórico e atividade prática. E isso só se faz dentro do terreiro. O médium que permanece muito tempo afastado do terreiro, por mais que sinta falta, vai se permitindo ficar nessa condição. Em resumo, ele fica de fora, vai ficando cada vez mais de fora, e quando se vê ele já está fora. Alguns chegam a ser injustos, dizendo que não foi acolhido pelo dirigente, ou ainda que a Casa lhe “virou as costas”.
E aí, o médium cai nos perigos do ego ferido, passa a dar ouvidos a pessoas tão desorientadas quanto eles, alimentando uma revolta sem causa alguma. Há ainda aqueles que caem no perigoso jogo do afastamento pela entidade, alegando que sua entidade o tirou de lá. Esse pode estar dando ouvidos a espíritos mistificadores, e por estar tão afastado da sintonia da corrente mediúnica e cego pelos seus próprios sentimentos pequenos, não consegue distinguir o que é da sua entidade e o que não é da sua entidade. Muitos acabam se revoltando até com a própria Umbanda.

Ora, meus irmãos. Não dá para acolher quem não comparece. Uma coisa é certa: TODOS NÓS TEMOS PROBLEMAS. O que vai definir a gravidade do seu problema é o tamanho da gravidade que você dá para ele. Vejam o exemplo dos atletas paralímpicos. Pessoas que superam reais dificuldades, muitas vezes com acessos restritos num mundo em que ser diferente ainda não é normal.

E quando o médium tem a consciência de que ele é o único capaz de superar suas próprias provações, seguindo adiante ele passa para o terceiro estágio, que é o da confirmação. É quando ele tem a consciência de que na Espiritualidade nada é imposto. Tudo tem o peso do livre arbítrio. Então se ele escolheu praticar a caridade e desenvolver sua mediunidade num templo religioso, deve se dedicar a essa missão. Para receber é preciso se doar. Na vida, nada vem se não for por merecimento.
Mas quando estamos cientes de que a caminhada, apesar de difícil, é prazerosa e muito nos ensina, damos um grande passo em nosso desenvolvimento espiritual. E recebemos muitas graças da Providência Divina. Você pode até não enxergar isso agora. Mas com certeza o tempo lhe dirá e lhe mostrará pela sua obra o caminho que você trilhou.

E se, mesmo após o terceiro estágio, você sentir alguma recaída (afinal, somos humanos), procure o seu dirigente (aqui na SEFA procure o seu Morubixaba ou o Tupixaba), peça ajuda, um conselho, uma palavra. Tenho certeza de que ele buscará, junto com você, ajudar a vencer as dificuldades. Mas lembre-se também que seu dirigente também é um ser humano, também tem os seus problemas e também precisa ser ajudado.

Para finalizar ressalto sempre as palavras de Pai Anastácio: “O Terreiro é o abrigo onde o filho de fé encontra proteção no meio das tempestades da vida”.

Vamos refletir sobre o queremos de nós mesmos dentro da nossa religião. Pois assim como esperamos algo da Espiritualidade, a Espiritualidade igualmente espera algo de nós.

Meu saravá fraterno.

CCT Cristiano Queiroz
Tupixaba da SEFA

quinta-feira, 1 de setembro de 2016

Atividades de Setembro

Na nossa Escola Doutrinária, Setembro é o mês de irradiação de Xangô.

Na Umbanda é também um mês especial, pois comemora-se o dia das Ibejadas, 27 de Setembro.

A SEFA fará Giras Festivas em homenagem às Crianças do Astral nas três casas: 

Matriz - Piedade: Dia 24 (sábado)
Vila Isabel: Dia 27

Sampaio: Dia 1º de Outubro

Acompanhe o calendário de Setembro:


terça-feira, 2 de agosto de 2016

2 anos da SEFA Sampaio


“Cada um de vocês tem um pouco das sementes de nossa Escola nas mãos. Plantem onde elas tiverem de ser plantadas, contem comigo. Façam tudo como foi ensinado, e colherão bons frutos.”


Assim foi anunciado pelo Caboclo a missão de levar adiante os Ensinamentos da Escola de Caboclo Mirim, sob a égide da Falange de Sete Estrelas.


Missão essa que começou em 14 de abril de 2007, quando foi fundada a Seara Espiritualista Falangeiros da Aruanda. Mas, sete anos depois, em 2014, o trabalho ganhou uma nova diretriz: levar a Doutrina da SEFA para irmãos que não conseguiam ter acesso ao terreiro em Piedade. Assim foi fundada a primeira filial, no bairro de Sampaio.


A distância física nem é tanta. São apenas 8 quilômetros que separam a Matriz Piedade da SEFA Sampaio. Se acompanharmos a malha ferroviária que passa próximo aos dois terreiros contamos apenas quatro estações para chegarmos ao nosso destino.


Mesmo assim, a comunidade de Sampaio não era atendida pela Matriz em Piedade. Os dois bairros parecem bem distantes, pela dificuldade do trânsito, poucas linhas de ônibus que interligam os bairros, etc.


Quando o Caboclo Sete Estrelas anunciou a fundação da SEFA, nos entregou a missão de levar os ensinamentos de nossa Escola para todo o irmão que dela necessita. É como alimentar ao que tem fome, ou dar água ao que tem sede.


Com o passar dos anos, os trabalhos em Piedade, onde está situada a nossa Matriz, foi crescendo, ganhando força e atraindo irmãos. Vários foram os amigos que nos visitaram, fortalecendo nossa corrente. A cada Gira, a cada trabalho, amadurecíamos cada vez mais a nossa Casa e a nossa corrente.


E por que não plantar uma semente mais próxima de outros irmãos, para que eles possam colher os mesmos frutos que já são ofertados em Piedade? Partindo desse princípio o Caboclo Sete Estrelas nos orientou a prepararmo-nos para levar o trabalho da SEFA a outros irmãos, em outras regiões.


"A princípio, a ideia de uma filial parecia assustar alguns médiuns. O que é natural, para quem nunca vivenciou essa experiência. Afinal seria como 'recomeçar' com uma nova SEFA.", lembra o CCT Cristiano Queiroz, Tupixaba da nossa Organização Religiosa.


Mas aos poucos as pessoas foram amadurecendo, até que surgiu a SEFA Sampaio. E hoje, completando dois anos de fundação da nossa filial, estamos convencidos de que demos o passo certo no crescimento do nosso trabalho, e na missão de levar adiante os ensinamentos da Escola de Caboclo Mirim, com as orientações do Caboclo Sete Estrelas, nosso Guia Chefe.


Recentemente a SEFA abriu mais uma frente de trabalhos, com a inauguração da filial Vila Isabel. Tudo isso graças a todos os médiuns da Casa, verdadeiros Falangeiros da Aruanda, que seguem fiéis aos propósitos e à doutrina de nossa Escola, unindo forças para que mais estrelas possam brilhar sob a nossa bandeira.


Parabéns ao CCT Paulo Henrique Brazão e a todos os médiuns da SEFA Sampaio por firmarem os trabalhos de Nossa Seara a todos os irmãos que são acolhidos em nossa filial.


Saravá Caboclo Arariboia! Saravá Pai Antônio do Cativeiro!


DIA 06 - SÁBADO - GIRA FESTIVA DE 2 ANOS DA SEFA SAMPAIO - 15h

Convidamos todos os irmãos de fé a virem confraternizar conosco!