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A Seara Espiritualista Falangeiros da Aruanda - SEFA - é uma Organização Religiosa de Umbanda, que traz como base doutrinária a Escola de Caboclo Mirim. Nosso objetivo é seguir os princípios fundamentais da Umbanda e seus ensinamentos na prática da caridade. Nossa Matriz fica no bairro de Piedade, e nossas filiais em Sampaio e Vila Isabel (Rio de Janeiro)

quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

Presentes Polêmicos


Nos últimos dias do ano é comum ver nas praias brasileiras grupos de umbandistas, ou até mesmo um filho de fé “solitário”, fazendo suas homenagens para Iemanjá. Muitos agradecem pelo ano que passou, outros fazem pedidos para o próximo ano, e ainda há aqueles que apenas fazem uma prece à rainha do mar. E não são poucas as oferendas. Flores, perfumes, espelhos, frutas, tudo para ser entregue e Mãe dos Orixás. Barcos são cuidadosamente ornamentados. Quando é um terreiro que prepara, antes da oferenda, em geral, é feita uma Gira em homenagem à Iemanjá e a todo o povo do mar.

Mas após o ritual religioso o que fica muitas vezes na praia é uma coisa só: lixo. Esse tipo de oferenda já foi alvo de muita polêmica. Foram várias as discussões sobre o assunto, sem que se chegasse a qualquer conclusão. A Constituição Brasileira nos garante a liberdade de culto. No entanto, para os que não são seguidores da religião, a impressão de sujeira e agressão ao meio ambiente deixa um ponto negativo, principalmente para a Umbanda. As homenagens à Iemanjá acabam, muitas vezes, se tornando alvo de preconceito. Há casos em que a população pede ajuda do poder público para impedir qualquer tipo de festividade religiosa ou oferenda feita na praia nos festejos de final de ano.

E o que nós umbandistas achamos deste assunto? O Tupixaba da SEFA, CCT Cristiano Queiroz, diz que não é contra as giras na praia, mas alerta para os cuidados que se deve ter com a limpeza, ao final dos trabalhos: “Acho que a giras na praia são importantes até mesmo como uma marca cultural de nosso país. Mas, assim como em nossos terreiros, devemos ter a consciência de que estamos usando um espaço público, e todos têm direito à sua utilização, assim como o dever de bem preservá-lo”, afirma o comandante geral da nossa Organização Religiosa.

No primeiro dia do ano são encontrados na beira da praia garrafas de sidra, velas, caixas de fósforo, alguns alguidares com comida, deixando um rastro de poluição que não será “aproveitado” por nenhuma entidade. Até porque os garis se encarregam de retirá-los da praia, junto com outras toneladas de lixo deixadas após as festas.


Por isso, vários umbandistas, conscientes de suas responsabilidades como cidadãos já buscam fazer toda a sua ritualística já se comprometendo em deixar o ambiente limpo e utilizável para os outros. Respeito à natureza e ao espaço de cada um é também uma forma de demonstração de fé e de devoção que os umbandistas têm com as suas entidades, e com os orixás da Umbanda, uma vez que cada linha representa cada força da natureza.