Energia da Primavera

Estamos entrando numa das épocas mais bonitas do ano: a Primavera.

Também conhecida como a estação das flores, a primavera nos traz o colorido delas, que nos alegra, nos transmite paz, nos faz contemplar a beleza das coisas simples da natureza. Mas, além da beleza, do perfume, do significado simbólico, as flores também têm outras funções. Estudiosos espiritualistas afirmam que as flores curam nossas almas, nossas emoções em desarmonia, nossas idéias fora de sintonia com as leis da vida.

Um dos pioneiros do uso das flores como terapia foi o médico inglês Edward Bach. Ele percebeu as energias transmitidas pelas flores apenas tocando-as ou colocando na boca as gotas que o orvalho deixava sobre elas. Ao mesmo tempo constatou que, enquanto algumas flores eram capazes de provocar sentimentos negativos, outras tinham a propriedade de anulá-los. Entre 1930 e 1934, o Dr. Bach identificou 38 flores silvestres e escreveu os fundamentos da

sua nova medicina. Surgia, a partir daí, os chamados “Florais de Bach”.

Ao aplicar a sua terapia, Bach verificou a eficácia dos medicamentos florais e compreendeu que “o medicamento deve atuar sobre as causas e não sobre os efeitos, corrigindo o desequilíbrio emocional no campo energético”. A terapia dos florais

foi reconhecida em 1976 pela Organização Mundial de Saúde como tratamento de grande ajuda à humanidade, auxiliando a harmonização dos corpos (etéreo, emocional e mental).

Flores na Umbanda – Na sessão espírita em que o Caboclo das Sete Encruzilhadas anunciou a fundação da Umbanda, o seu médium, Zélio Fernandino de Moraes, havia feito um pedido aos dirigentes do trabalho: “aqui está faltando uma flor”. As flores exercem um papel de fundamental importância na ritualística mágica dentro da Umbanda, que vai muito além de apenas enfeitar o gongá ou o terreiro.

Médium Subchefe de Terreiro da SEFA, a psicóloga Luciana de Paula correlaciona os efeitos dos florais com os fluidos que recebemos dos passes nos trabalhos de Umbanda: “Os florais preservam a vibração contida na flor, ilumina a escuridão do estado negativo, trazendo a luz e a energia do sol. Assim como o passe que é dado em nosso terreiro, trabalha diretamente em nosso corpo sutil, inundando-o com as sublimes vibrações da natureza superior.”

Além disso, os guias de Umbanda se valem da energia emanada das flores para realizarem suas “mirongas”. A conjunção da energia das

flores com as dos demais elementos utilizados pelos guias no terreiro formam uma atmosfera fluídica altamente positiva.

As Flores e as Falanges da Umbanda

Oxalá - Crisântemos, palmas e tulipas de cor branca.

Oxossi - Flores do campo em geral e palmas vermelhas.

Ogum - Celósias ou “Crista de galo”, dálias e palmas vermelhas.

Iemanjá - Rosas brancas, palmas, margaridas, narciso e colônia.

Oxum - Rosas amarelas, lírios e palmas.

Iansã - Papoulas e rosas amarelas com vermelhas.

Nanã - Cravos roxos.

Ibejis - Margaridinhas.

Xangô - Cravos brancos e vermelhos.

Iofá - Margaridas brancas e amarelas.

Omulu - Cravos brancos.

Exu - Rosas e palmas vermelhas.