São muitos os irmãos que chegam a
um terreiro de Umbanda em busca de uma orientação, na maioria das vezes, em
forma de consulta com alguma das entidades. O que se explica é que os irmãos
precisam estar atentos àquilo que eles precisam ouvir, e nem sempre é o que
eles querem ouvir.
Aos
médiuns, nossos mentores espirituais sempre alertam também para o cuidado com
tudo que deve ser dito. Afinal, somos médiuns conscientes ou semiconscientes.
Isso porque muitos médiuns ainda não atentaram para o poder que a palavra tem,
seja ela falada ou escrita.
A
palavra pode agregar ou separar, fortalecer ou enfraquecer, pode ser doce ou
amarga. E isso não depende da palavra a ser dita ou escrita. Depende do que o
orador ou escritor carrega consigo ao colocar determinada palavra.
Certa
vez ouvi dizer que a palavra não é independente. E é verdade. A palavra sempre
vai depender das cargas emocionais que colocamos no momento em que a dissemos
ou escrevemos. Logo a mesma palavra pode externar um sentimento de amor, de
admiração, de fraternidade e respeito; mas se mudarmos a nossa carga emocional
(e consequentemente nosso padrão vibratório) essa mesma palavra pode vir cheia
de raiva, de rancor, de ciúme, de inveja. E o que vai ficar impresso não é a
palavra, mas a carga emocional que foi carregada nela quando dita ou escrita.
Então
por que usamos a palavra sempre para expressar nossas insatisfações, ou para
apontar o erro dos outros? Quando estamos satisfeitos, poucas vezes agradecemos
ou elogiamos alguém. É fato. Os filhos de fé estão acostumados a olhar o mundo
apenas pelo seu ponto de vista, mas se esquecem que a nossa visão física é
extremamente limitada.
A
palavra deve ser o resultado de um equilíbrio entre pensamento e sentimento,
antes de ser escrita o falada. Mas nem sempre fazemos esse exercício. E o
resultado disso recairá sobre nós mesmos. O filho que reclama de tudo,
esbraveja sem pensar, vai criando um casulo de energias densas e negativas no
qual ele mesmo vai se recolher. E o pior, só vai atrair para si outros irmãos
que estejam no mesmo padrão vibratório, seja encarnado ou desencarnado.
Portanto,
antes de falar ou escrever algo para alguém, ou sobre alguém, pense e repense
quantas vezes forem necessárias. Pois suas palavras podem quebrar um vaso que
não mais se consertará. E quando chegarem a um terreiro de Umbanda, venham
sempre em busca de boas vibrações, para que, a cada palavra dita, essas
vibrações ecoem por toda a corrente. Isso trará um bem estar para todos os
irmãos.
Amor
– essa é a palavra da salvação.
CCT
Cristiano Queiroz
Tupixaba
da Seara Espiritualista Falangeiros da Aruanda
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