Dia 20 de julho é a data consagrada
aos amigos. O dicionário da Língua Portuguesa define o termo amizade como
sentimento fiel de afeição, simpatia, estima ou ternura entre pessoas que
geralmente não são ligadas por laços de família. (Aurélio Buarque de Holanda,
2ª Edição, 1986). Segundo o ditado popular: “quem encontrou um amigo, encontrou
um tesouro”.
Estas afirmações, se não são definitivas,
dão uma boa idéia do que seja a amizade. Amigos são importantes na vida de
qualquer pessoa. O bom amigo está ao nosso lado não na hora boa ou ruim, mas na
hora certa.
Mas, se a amizade é tão velha quanto
a humanidade, a origem do Dia do Amigo é recente e controversa. Uma das versões
mais propagadas diz que um argentino, chamado Enrique Febbaro, foi seu criador.
Na década de 60 o mundo vivia o auge da corrida espacial e Enrique viu nessa
empreitada um esforço do ser humano para estabelecer relações para além do
planeta. Em 20 de julho de 1969, com a chegada do homem à Lua, o argentino
decidiu usar esta data para fazer uma festa dedicada à amizade. Aos poucos a
data foi sendo adotada em outros países e hoje, em quase todo o mundo, o dia 20
de julho é o Dia do Amigo.
A ciência busca comprovar as origens
da amizade e sua influência no relacionamento humano. No Brasil, o Grupo de
Pesquisa em Antropologia e Sociologia da Emoção (Grem) estuda os mecanismos que
sustentam fenômenos considerados subjetivos como as amizades e o modo como
estas moldam a sociedade. Amizade aqui é entendida como a duradoura, a sólida,
ressalva que se faz ainda mais necessária por causa da banalização da palavra.
O brasileiro chama de amigo o garçom, o flanelinha e até o desconhecido a quem
pede uma informação na rua. Mas as amizades longas são as que contam.
O que faz surgir aquela amizade “para
sempre” está além das explicações da razão. “Não é optativo. Todos tropeçam em
pessoas com quem teriam esse tipo de relacionamento, mas podem reconhecê-las ou
não naquele momento”, diz o psicanalista Armando Colognese Jr., supervisor do
curso de formação em de São Paulo, para o site Esoterikha.com.
A Doutrina Espírita nos diz que
várias são as razões para se criar os laços de amizades entre os filhos de fé.
A amizade nada mais é do que o “reencontro” de espíritos que já tiveram algum
relacionamento em encarnações anteriores. A missão conjunta, o resgate cármico,
as afinidades espirituais, todos esses fatores fazem com que irmãos espirituais
se aproximem pelos laços fraternais.
E nós, umbandistas, não podemos nos
esquecer de nossos irmãos de fé, amigos de nosso terreiro, que formam uma verdadeira
família, dividindo as tarefas e funções nos trabalhos mediúnicos, compartilhando
de momentos alegres e tristes, sempre se ajudando, e orientando uns aos outros,
para o bem estar de nossa Casa. Além disso, em vários momentos de nossas vidas,
estamos sempre sendo assistidos por nossos amigos invisíveis, protetores,
nossos guias espirituais, Caboclos, Pretos Velhos e Falangeiros de Umbanda, que
estão sempre ao nosso lado em nossa caminhada, como todo bom amigo, com a
permissão de Nosso Senhor Jesus Cristo, nosso Médium Supremo e amigo maior em
todas as horas. Assim sendo, não fica difícil concluir que, ao contrário do que
alguns psicanálise do Instituto Sedes Sapientae, pensam, nenhum ser humano está
só.
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