Sejam Bem-vindos ao Blog da SEFA!

A Seara Espiritualista Falangeiros da Aruanda - SEFA - é uma Organização Religiosa de Umbanda, que traz como base doutrinária a Escola de Caboclo Mirim. Nosso objetivo é seguir os princípios fundamentais da Umbanda e seus ensinamentos na prática da caridade. Nossa Matriz fica no bairro de Piedade, e nossas filiais em Sampaio e Vila Isabel (Rio de Janeiro)

terça-feira, 28 de maio de 2013

Mente sã em um corpo são


Alguns médiuns da SEFA vieram me questionar se cuidar do corpo é somente estético, ou pode também influenciar no lado espiritual. Os estudiosos já afirmam que, para termos uma vida realmente saudável, é preciso ter equilíbrio em ambos os lados: matéria e espírito. Aquela velha frase do latim que resume o equilíbrio: Mens sana in corpore sano.

Se deixarmos de lado a questão estética, veremos que cuidar do corpo é uma tarefa essencial não só para a saúde, como também proporciona benefícios para a mente e para o espírito. Chegamos a publicar uma matéria no Jornal Nossa Seara, informativo da SEFA, edição 48 (Dezembro/2011), que falava sobre os cuidados com o corpo:

O Dr. Américo Domingos Nunes Filho, médico, orador e membro da Associação Médico-Espírita do Estado do Rio de Janeiro (AME-RIO), enfatiza a importância de unir conhecimento espiritualista e ciência médica, abordando os cuidados necessários com o corpo que serve de veículo para a evolução do espírito.

Em “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, a entidade Jorge relata sobre a relação que existe entre o corpo e a alma, e aconselha: “Amai, pois, a vossa alma, porém, cuidai igualmente do vosso corpo, instrumento daquela.”

Em nosso terreiro, o Caboclo Sete Estrelas sempre nos orienta da necessidade que devemos ter com o nosso corpo, principalmente nos dias de trabalhos mediúnicos. Nosso guia chefe nos alerta para os cuidados que temos que ter com a alimentação e com as atividades que tendem a exigir um desgaste de energia excessivo, e que podem comprometer os trabalhos do médium. Segundo as normas da Casa, nos dias de sessões os médiuns devem manter uma alimentação balanceada e ter cuidados com atividades que levem à fadiga física afim de que tenham a mente e o corpo em equilíbrio para o trabalho espiritual que será realizado.

Manter um corpo sadio é muito importante para a exteriorização das faculdades do espírito. Portanto, se você não está satisfeito com seu corpo, deve procurar cuidar dele, mas com consciência, evitando os abusos e exageros,e buscando sempre o equilíbrio do aparelho físico com a mente e o espírito.

Cuidados com o corpo nos dias de trabalhos mediúnicos:


Alimentação - Não comer carne vermelha ou alimentos gordurosos, de difícil digestão. Saladas, frutas e carne branca são recomendadas. Não ingerir bebida alcoólica.

Atividades - Evitar atividades excessivas ou qualquer trabalho que exija muito esforço físico. Não ter relações sexuais. Manter o mínimo de oito horas de sono.
 

sexta-feira, 24 de maio de 2013

Salve Santa Sara Kali




Muitas pessoas, Umbandistas ou não, sentem atração pelo povo cigano, o chamado Povo da magia.

Pelo texto abaixo, fica claro que os ciganos na Umbanda, obedecem às Leis Regentes da religião e, se por ventura mesclam às Leis de Umbanda, algo de sua cultura, será sempre de forma moderada que o farão, ou seja, buscarão sempre se adequar para realizar o trabalho ao qual foram convocados, seguindo a doutrina da Casa onde foram chamados a trabalhar.

Assim como outros povos, o povo cigano encontrou na Umbanda, espaço de trabalho e evolução em parceria com os médiuns que lhes são mais afins, sempre, porém, em obediência às Leis que regulam e regem a religião de Umbanda. Isso significa que, por exemplo, evitarão mesclar seus hábitos culturais, como a leitura de mãos, preferindo a tal prática, outra que a substitua e seja mais adequada ao atendimento de caridade nos terreiros onde atuam.

São entidades que há muito tempo trabalham na Umbanda, mas normalmente se manifestam sob domínio da linha do oriente, entre outras. Isso é possível pelo fato da energia de trabalho ser a mesma, o que muda é a forma de manipular os fluídos, uma vez que os ciganos usam uma relação material, energética, elementar e natural, assim como o povo da esquerda, enquanto que o povo do Oriente manipula esses elementos através de seu magnetismo espiritual.

Sempre se faz necessário deixar claro que uma coisa é ‘Magia do Povo Cigano’, ou ‘Magia Cigana’, e outra coisa bem diferente são as Entidades de Umbanda que se manifestam nesta linha de trabalho. Existe uma pequena semelhança somente no poder da Magia, mas suas atuações são bem diferentes pois as Entidades de Umbanda trabalham sob domínio da Lei e dos Orixás, conhecem Magia como ninguém e, principalmente, não vendem soluções ou adivinhações.

Os espíritos que se manifestam como Ciganos na Umbanda não trabalham a serviço do mal ou para resolver nossos problemas a qualquer custo, mas é importante saber que eles dominam a MAGIA e preservam a LIBERDADE e ,tanto quanto em qualquer outra linha de trabalho da Umbanda, teremos aqueles espíritos que não agem dentro do contexto da Lei, os chamados ‘quiumbas’, que se encontram espalhados pela escuridão e a serviço das Trevas. Portanto, é imprescindível o bom nível espiritual do médium para trabalhar com essa linha para que não atraia esses tipos de espíritos pela Lei da Afinidade.

Os Ciganos têm em Santa Sara Kali as orientações necessárias para o bom andamento das missões espirituais.

Arriba, Povo Cigano!
Salve Santa Sara Kali!

quinta-feira, 16 de maio de 2013

Missa sincrética




Toda terça-feira acontece em Salvador uma das mais famosas manifestações de fé, respeito e integração entre as religiões: a benção do Pelourinho.
A celebração é feita na Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, situada no centro histórico de Salvador, no chamado Largo do Pelourinho, um dos pontos turísticos mais visitados da capital baiana.
O nome da igreja deve-se ao fato de ser uma das primeiras a serem construídas por uma irmandade de negros alforriados. Naquela época, somente os brancos poderiam entrar nas igrejas. Os negros eram proibidos, por se acreditar que eles não tinham alma ou eram seres inferiores. A igreja começou a ser construída em 1704, e concluída em 1780.


Atualmente ela é um símbolo de resistência dos negros na luta pela liberdade e também da preservação da sua cultura. Nos fundos da igreja existe um antigo cemitério de escravos. Preservando sua história ligada aos negros, a liturgia dos cultos faz uso de música inspirada nos terreiros de Candomblé.
A missa é celebrada em homenagem a Santo Antônio de Categeró, que é um santo negro e foi escravo, e conjuga a liturgia católica com os cultos afro. No início da missa é passado defumador com incenso. O coral da igreja entoa todos os cânticos ao som de atabaques, timbal e agogô. No momento do ofertório entram devotos carregando cestas de pães (primeiro mulheres e depois homens), que são colocadas no altar para que os pães sejam benzidos.
Ao final da missa os pães são distribuídos entre os devotos, ao mesmo tempo em que o padre dá a benção aos fiéis, utilizando galhos de aroeira com água benta. E na despedida, todos respondem: “Amém e Axé”.
Em sua página na rede social, a fotógrafa Helenitta Monte de Hollanda escreve sobre a missa de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos:
"Quando estudávamos e fotografávamos as igrejas baianas para o fazimento do livro BASÍLICAS E CAPELINHAS, fomos, eu e meu marido, à missa dominical na Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos do Pelourinho. Era o dia de Santo Antonio. Igreja lotadíssima, e, aí, o inusitado – os músicos não apareceram. Do altar, o padre, negro, exclamou: 'não há missa nesta igreja sem batuque!' Incontinenti, batuqueiros de plantão, como só na Bahia tem, tomaram os instrumentos e a missa começou. Nunca vi liturgia mais bonita!"

 
A iniciativa em celebrar um culto a Santo Antonio de Categeró toda terça-feira e utilizando os mesmos instrumentos que são tocados no candomblé foi do Padre Alfredo, que foi responsável pela Igreja do Rosário dos Pretos na década de 1980. Desde então a missa se tornou tradição, sobretudo para moradores do Centro Histórico e arredores, muitos devotos do santo negro. Nas datas comemorativas de Santa Bárbara e Iansã a igreja é o ponto central dos festejos, confirmando mais uma vez a referência do templo como união da liturgia católica e dos cultos afro.

segunda-feira, 13 de maio de 2013

Alforria da Alma




No dia em que o povo brasileiro celebra mais um aniversário da Abolição da Escravatura, 13 de maio, a Umbanda rende suas homenagens aos Pretos Velhos, uma das linhas principais linhas espirituais de nossa religião.
Mas qual a ligação tão forte que há entre os negros escravos e os espíritos que se apresentam no terreiro como os vovôs e vovós da Umbanda?
A História nos conta que, ao longo de três séculos, milhões de negros africanos foram capturados em suas
terras e trazidos para o Brasil. Muitos deles sequer chegavam ao destino, falecendo nas precárias masmorras dos navios negreiros. Grande parte dos escravos não chegava a completar 30 anos de vida.
Morriam de doenças, já que os negros não tinham acesso aos serviços médicos da época; morriam assassinados em perseguições ou castigos impostos por seus senhores; morriam até mesmo de “banzo”, depressão causada pela saudade que sentiam da terra natal e tudo que lá deixaram.
A aproximação da figura do escravo com a Umbanda se deu justamente por ser esta uma religião agregadora, genuinamente brasileira e síntese da construção de nossa nação: além dos índigenas, com sua
pajelança e os brancos, com seus preceitos cristãos, os cultos africanos aos seus ancestrais e às forças da
natureza, iniciados nas senzalas, evoluíram e contribuíram para a formação da nossa doutrina.
Os pretos velhos trouxeram consigo a pregação da humildade, da simplicidade e da serenidade; agregaram experiência e ensinaram os “zifios” a exercitar a paciência. Atravessaram preconceitos, como o da primeira incorporação registrada na fundação da Umbanda, em 15 de novembro de 1908, quando Pai Antônio, entidade de Zèlio Fernandino de Moraes, foi classificado de “espírito atrasado” ao se manifestar em uma sessão espírita. Antes mesmo disso, toda e qualquer entidade que demonstrasse traços similares aos de um negro escravo, eram “convidados” a se retirar de tais sessões.
Como destaca o escritor Lourenço Braga, em artigo de 1942, a condição para o espírito ter luz é ter virtude, ser simples, bom, carinhoso, humilde, piedoso, e não ter ódio, inveja, orgulho, ciúme, maldade, vaidade, avareza, etc.
Como Deus é justo, nenhuma “raça” foi privilegiada com essa condição. Essas são amarras das quais é necessário se desprender e se “alforriar”, para conhecer a luz dos nossos abençoados pretos-velhos.

SARAVÁ IOFÁ! SALVE A FORÇA DOS PRETOS VELHOS!
SARAVÁ CONGO
SARAVÁ ANGOLA
SARAVÁ BAHIA
SARAVÁ MINAS
SARAVÁ O CATIVEIRO
SARAVÁ AS ALMAS
SARAVÁ OS PRETOS VELHOS
SARAVÁ AS PRETAS VELHAS