Quem nunca parou na vida para observar o trabalho das formigas?
Certo
dia me deparei com uma trilha dessas curiosas trabalhadoras em seu serviço de
carregar alimentos para suprir o formigueiro. Fiquei impressionado com a força
desses pequenos seres e com a persistência delas na realização de suas tarefas.
Era um pequeno grupo, que tentava carregar uma folhinha. Como
não conseguiam executar o seu serviço com perfeição, elas mudavam de posição, aguardavam
chegar outras companheiras do seu grupo, retomavam a tarefa até conseguir mover
a tal folha a caminho de sua colônia.
E tudo dentro de um formigueiro funciona bem, pois existe total organização,
sendo as tarefas muito bem divididas entre as formigas, comandadas pela formiga
“rainha”, responsável pelo crescimento e reprodução da colônia. Num formigueiro
existem também as sentinelas, responsáveis pela segurança da colônia; as
operárias, que fazem os túneis do formigueiro e buscam alimentos; e as enfermeiras,
que cuidam das larvas.
As formigas têm, em média, um centímetro de comprimento. Apesar
do pequeno tamanho, elas têm uma força tamanha e uma grande consciência da função
de cada uma na organização do seu formigueiro.
Por que nós, filhos de fé, não conseguimos às vezes ser assim?
Por que estamos sempre reclamando de nossos problemas, ao invés de nos
esforçarmos para superá-los? Por que nós queremos sempre jogar a responsabilidade do terreiro somente para o comando, ao invés de nos tornarmos realmente elos fortalecidos dessa corrente? Por que não fazemos como as formigas, que pediam
ajuda para suas semelhantes na difícil missão de carregar sua folhinha?
Se pararmos para analisar, comparando o nosso mundo com o mundo espiritual,
somos como pequenas formigas em nossa colônia terrestre, diante da imensidão
espiritual que nossos olhos não podem alcançar.
O nosso terreiro é como um formigueiro, onde temos os operários (médiuns),
que trabalham no transporte dos fluidos benéficos, que abrem novos túneis para
a espiritualidade, cada um dentro de sua função, seguindo as determinações do
comando. E para manter a nossa colônia (terreiro) funcionando, todos nós temos que cooperar: na manutenção, na limpeza, na organização, no crescimento da Casa.
Aos pouquinhos, no passinho de uma formiguinha, vamos crescendo e vamos fazendo nossa Casa crescer. Sigamos o exemplo desses pequenos seres, que trabalham constante e incansavelmente para o bem estar de sua colônia.
CCT Cristiano Queiroz
Tupixada da Seara Espiritualista Falangeiros da Aruanda
Texto publicado originalmente em Junho/2008, no Jornal Nossa Seara - edição nº 6
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