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A Seara Espiritualista Falangeiros da Aruanda - SEFA - é uma Organização Religiosa de Umbanda, que traz como base doutrinária a Escola de Caboclo Mirim. Nosso objetivo é seguir os princípios fundamentais da Umbanda e seus ensinamentos na prática da caridade. Nossa Matriz fica no bairro de Piedade, e nossas filiais em Sampaio e Vila Isabel (Rio de Janeiro)

terça-feira, 24 de maio de 2016

A Madrinha do Povo Cigano

No mês de maio comemora-se o dia de Santa Sara, padroeira do Povo Cigano. Várias são as lendas em torno da história de Santa Sara. A mais contada é que ela teria sido uma escrava egípicia que passou a viver com os cristãos.

Atirada ao mar junto com Maria Madalena, Maria Salomé e Maria Jacobé, em um barco sem remos nem provisões, Sara teria rezado para que elas se salvassem. Dias depois, ela e as três Marias chegariam salvas a uma ilha no Sul da França, na região que ficou conhecida como Saintes Maires de-La-Mer (ou seja, as Santas Marias que vieram do Mar).

Ainda segundo a tradição oral, um grupo de ciganos que vivia por ali socorreu as quatro mulheres e elas, em troca, levaram ao grupo os ensinamentos de Jesus. Com a partida das “Três Marias”, Sara teria continuado a viver com os ciganos, sendo batizada de Sara “Kali”, que quer dizer “negra” em romanês, a língua do Povo Cigano.

Santa Sara tornou-se a padroeira dos Ciganos em todo o mundo, sendo o seu dia comemorado em 24 de Maio.

Na Umbanda a corrente do Povo Cigano vem se tornando cada vez mais forte e presente nos terreiros. Mas é preciso cuidado para não confundir Povo Cigano com Exus e Pombas Giras Ciganas, nem criar mitos que Cigano só vem ao terreiro para ler a mão, ver o futuro ou jogar cartas. Normalmente as entidades que se identificam como Ciganos se manifestam em sintonia similar à do Povo do Oriente, com seus profundos conhecimentos de magia. 


O trabalho dessa corrente vai muito além das "fantasias" criadas pelos filhos da terra e exige muita seriedade. Uma entidade cigana num terreiro de Umbanda é completamente diferente dos ciganos que são mistificados pela literatura mundial, ou ainda pela imagem alegórica das ruas e dos anúncios de jornais.

Os Ciganos nos terreiros, assim como todas as entidades, trabalham sob o domínio da Lei Sagrada de Umbanda e dos Orixás, conhecem Magia como ninguém e, principalmente, não vendem soluções ou adivinhações.

Por isso, antes de simplesmente adorar o cigano pela fantasia, é preciso estudo e conhecimento para compreender que o trabalho do Povo Cigano na Umbanda é, acima de tudo, de caridade e simplicidade.

Arriba, Povo Cigano.


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