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A Seara Espiritualista Falangeiros da Aruanda - SEFA - é uma Organização Religiosa de Umbanda, que traz como base doutrinária a Escola de Caboclo Mirim. Nosso objetivo é seguir os princípios fundamentais da Umbanda e seus ensinamentos na prática da caridade. Nossa Matriz fica no bairro de Piedade, e nossas filiais em Sampaio e Vila Isabel (Rio de Janeiro)

terça-feira, 8 de novembro de 2016

Umbanda: Patrimônio Cultural do Rio

Hoje foi publicado na coluna do Ancelmo Gois, em O GLOBO:

Foto: Cléber Júnior / Jornal Extra

O prefeito Eduardo Paes publicou, hoje, decreto que declara a Umbanda como patrimônio cultural de natureza imaterial do Rio. O Instituto Rio Patrimônio da Humanidade fará o cadastro dos terreiros. O primeiro já cadastrado é a Tenda Espírita Vovó Maria Conga de Aruanda, no Estácio.

História de luta contra a perseguição e a Intolerância

Desde a sua fundação, no início do século passado, a Umbanda enfrentou uma série de preconceitos vindos da sociedade, de outras religiões e até do próprio Estado.

Com Getúlio Vargas no poder, Umbanda sofre perseguição do Estado
Uma lei datada de 1934 colocou a Umbanda nos grupos sob a jurisdição do Departamento de Tóxicos e Mistificações da Polícia do Rio de Janeiro, na seção especial de Costumes e Diversões, que lidava com problemas relacionados com álcool, drogas, jogo ilegal e prostituição. Praticar a Umbanda era então uma atividade marginal (perdurou com tal classificação até a reorganização do Departamento de Polícia do Rio, em 1964).

Registrados ou não, os umbandistas e demais praticantes de cultos afro-brasileiros ficavam expostos à severa perseguição policial do Rio. Não era difícil ver a polícia invadir e fechar terreiros, confiscando objetos rituais, e muitas vezes prendendo os participantes.

Muitos terreiros na época foram registrados com a denominação de "Centro Espírita" como forma de proteção às próprias casas, já que o Kardecismo era mais praticado pela classe média alta e era livre de perseguição.

A memorável Gira no Maracanãzinho

Mas o movimento umbandista foi ganhando força na metade do século passado, principalmente com a criação das entidades federativas como a União Espiritista de Umbanda do Brasil (UEUB), o Primado de Umbanda e a Confederação Espírita Umbandista do Brasil (CEUB), dentre outras.
Ainda assim, por mais que a Umbanda fosse reconhecida como religião e tivesse cada vez mais adeptos, muitas pessoas, até por falta de conhecimento, mistificavam a Umbanda e jogavam à condição de marginalidade.

Uma das maiores perseguições sofridas pela religião acontece a partir dos anos 80, com a ascensão da Igreja Universal do Reino de Deus e outras igrejas denominadas neopetencostais.


Culto da IURD, onde entidades de Umbanda são chamadas de "demônios"

Com a popularização das mídias sociais ficou mais fácil explicar os trabalhos de Umbanda e desmistificar muitos assuntos acerca da nossa religião. Isso abriu os olhos da sociedade para a questão da intolerância religiosa, que vem sendo combatida or diversos grupos da nossa sociedade, independentemente de ligações políticas ou partidárias. O que se pretende assegurar é que vivemos em um Estado Laico, onde toda forma de culto deve ser respeitada, e todas as religiões devem conviver em paz.

Terreiro invadido e depredado por fanáticos religiosos, na Zona Sul do Rio de Janeiro

Agora, com o decreto que reconhece a religião como um patrimônio do Rio, cabe a nós, como umbandistas e também como cidadãos, zelarmos para que esse decreto seja cumprido não só agora, mas em todos os outros governos sucessores.

quarta-feira, 2 de novembro de 2016

Vida após a morte


Um dos maiores mistérios que envolvem a fé humana vem à tona no início do mês de novembro, com o Dia de Finados (02/11): existe vida após a morte?

Milhões de pessoas Brasil e mundo afora se lembram de seus mortos nesta data; limpam e arrumam os túmulos de entes queridos, levam flores a cemitérios, fazem preces em nome dos que partiram. Em nosso país, é um dia naturalmente triste, no qual muitos choram ou se recolhem tocados pela saudade. Em algumas culturas, como a mexicana, é um dia de celebração, no qual uma festa é oferecida para os antepassados que se foram.

Mas em qualquer lugar, a indagação e a esperança é a mesma: um dia iremos reencontrar essas pessoas? Elas estão entre nós, mesmo que apenas em espírito?

A Umbanda acredita e tem indícios claros de que sim. As religiões ditas espiritualistas em geral, que creem que nós somos parte matéria e parte espírito, têm essa convicção. Existem registros da época do Egito Antigo que já relatavam a jornada para o Além e, por esse motivo, a cultura da mumificação foi tão difundida nessa sociedade: acreditava-se que era necessário manter o corpo conservado para garantir a sobrevida daquele que partiu.


Todas as religiões cristãs acreditam que a vida não acaba no túmulo, embora a reencarnação seja rejeitada por muitas delas. A Umbanda, como religião mediúnica, não só crê na eternidade do espírito e em vidas passadas e futuras como também no trabalho constante com esses que se foram e hoje estão em estágios mais evoluídos do que nós, que estamos encarnados na Terra. Temos a certeza de que nosso corpo é uma morada passageira para o nosso espírito e que, como tal, deve ser respeitado e bem cuidado para nossa evolução. E após o desencarne, ou seja, a morte do corpo, nos encontraremos novamente na Pátria Espiritual, que é a nossa verdadeira morada. Portanto, o Dia de Finados é uma data respeitada na Umbanda, em especial pela atmosfera de consternação em que o mundo se encontra, porém não é para ser um dia triste. Lembremos com carinho daqueles que se foram e tenhamos a certeza de que ainda nos encontraremos com eles em outro plano.

Nesse feriado de finados, faremos uma corrente de preces para os desencarnados em nossa sessão de Passe e Irradiação com os Pretos Velhos na Matriz. Por ser feriado, a sessão começa mais cedo: às 18h.

Confira o nosso calendário de Novembro e programe-se!

terça-feira, 1 de novembro de 2016

Atividades de Novembro

Novembro, segundo a Escola de Caboclo Mirim, está sob a irradiação de Iofá - energia que rege a falange dos nossos queridos Pretos Velhos.

Esse mês também é muito importante para a Umbanda, pois é quando celebramos 108 anos de nossa religião.

Confira abaixo as atividades da SEFA - Matriz e Filiais - para o mês de Novembro


FEIJOADA FRATERNA

Aproveitando as comemorações dos 108 anos da Umbanda, a SEFA realiza mais um evento beneficente. É a 3ª edição da Feijoada Fraterna. No menu principal a tradicional Feijoada. Mas para aqueles que não apreciam o prato típico, teremos como prato alternativo um Strogonoff de frango. Além da comida e da sobremesa o evento ainda conta com samba ao vivo, brincadeiras e sorteio de prêmios.

O objetivo do evento é continuar arrecadando fundos para que a SEFA invista na compra de um imóvel para instalação de sua sede própria, além de obras de melhorias que precisam ser feitas na Matriz (Piedade) e nas Filiais (Sampaio e Vila Isabel). “Em tempos de crise, a união de todos e a ajuda de amigos são fundamentais”, comenta o CCT Cristiano Queiroz, Tupixaba da SEFA. 

Pela primeira vez o evento será realizado na nossa Matriz, que teráo espaço adaptado para a festa. 
"Não é uma festa religiosa. É uma confraternização entre amigos e familiares", assegura o nosso Tupixaba. 

Os ingressos antecipados custam R$ 15 (adulto) e R$ 12 (criança), e dão direito a uma refeição. Na hora os valores são R$ 20 (adulto) e R$ 15 (criança). 

Solicitamos também 1kg de alimento não perecível, para ajudar as campanhas das cestas básicas que são distribuídas pelo NOS da SEFA.