“Eu andarei vestido com as roupas e as armas de Jorge,
para que meus inimigos tenham pés e não me alcancem, tenham mãos e não me
toquem, tenham olhos e não me vejam, e nem no pensamento eles possam me fazer
mal.”
As frases de impacto são de uma prece feita a São Jorge.
Conhecido popularmente como o “Santo Guerreiro”, São Jorge arrebanha uma legião
de devotos verdadeiramente apaixonados. São pessoas que, movidas pela fé,
conseguiram enfrentar grandes provações na vida, atribuindo a superação a uma
ajuda do santo.
Segundo relatos, a história de São Jorge teria
começado na antiga Capadócia, região que hoje pertence à Turquia. Junto com a
sua família, ele se mudaria para a Palestina, onde se alistara no Exército Romano, servindo ao Imperador
Diocleciano.
Convertendo-se ao Cristianismo Jorge passaria a
defender os cristãos que eram perseguidos pelo Imperador. Por isso foi
torturado e decapitado, na Nicomédia, no dia 23 de abril do ano 303.
Várias são as lendas e curiosidades em torno de São
Jorge, mas a maior delas, com certeza, é: de onde teria surgido o dragão da sua
popular imagem? A versão mais contada é que em certo país do Oriente, havia um
dragão que saía de um lago e lançava chamas sobre toda uma cidade, levando à morte
os seus moradores. Para acalmar o feroz inimigo, jovens donzelas eram dadas em
sacrifício para serem devoradas pelo dragão, que passava um longo período sem
ameaçar a cidade. Ocorreu que certa vez, a donzela era a filha do Rei.
Quando a jovem estava preste a ser devorada, eis
que surge dos céus um cavaleiro iluminado, montado em seu cavalo. Era São
Jorge, que com sua espada e sua lança, matou o dragão. Para alguns essa lenda
seria uma simbologia de que o dragão significava o demônio, e a lança e a espada
eram as armas da fé.
A verdade é que todas as histórias sobre São Jorge sempre
foram muito questionadas, e há alguns católicos que ainda duvidam da existência
do santo. Em maio de 1969, o Papa Paulo VI, para agradar aos protestantes,
aboliu o culto dos santos que não tinham registros históricos, mas somente
relatos tradicionais, como é o caso de São Jorge, que mesmo entre
questionamentos, é o Padroeiro da Inglaterra, de Portugal, da Lituânia e da
Geórgia.
No Brasil o santo guerreiro também apadrinha muitos
fiéis. Uma das razões para essa enorme devoção ao santo é a ligação forte que
ele tem com a Umbanda, através do sincretismo religioso. Na Bahia, São Jorge é
ligado à imagem de Oxossi. Já no Rio de Janeiro e demais regiões, o santo
representa a força da falange de Ogum.
OGUNHÊ
Ogum é o orixá da guerra, o senhor dos caminhos,
aquele que vence as demandas. Nele depositamos toda a confiança para vencermos
as batalhas do nosso cotidiano na terra.
De acordo com a mitologia Iorubá, Ogum é um bravo
guerreiro, uma personificação do Orixá. Ele é conhecido como o ferreiro dos
orixás e tem uma ligação muito forte com os metais e sua manipulação. Os
“metais” em geral são extraídos da “terra” com o auxilio do “fogo”. Sendo assim
podemos entender que na sua origem africana, Ogum é o orixá da transformação,
da astúcia, da vontade. Não é por acaso que na mesma mitologia, ele aparece
como o primeiro Orixá a descer a Terra e pleitear uma existência humana como um
“semideus”. Isso indica uma aproximação dos seus valores divinos com a própria
representação humana, racional e mortal.
Por esse motivo, temos várias correntes de
falangeiros que trabalham e vibram na linha de Ogum, manipulando essa energia
transformadora para purificar as almas dos encarnados e desencarnados. Para
afastar os espíritos trevosos, para guerrear contra as demandas negativas dos
planos material e espiritual.
Em nossa Casa, a falange de Exu está subordinada à Linha de Ogum e pedimos
permissão a este orixá para as giras com o Povo Trabalhador.
No sábado, a SEFA realizará a Gira de Louvação a Ogum, a partir das 16h, na Matriz: Rua Manuel Vitorino, 420 - Piedade.
Informações: (21) 99266-3786 (também pelo WhatsApp)