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A Seara Espiritualista Falangeiros da Aruanda - SEFA - é uma Organização Religiosa de Umbanda, que traz como base doutrinária a Escola de Caboclo Mirim. Nosso objetivo é seguir os princípios fundamentais da Umbanda e seus ensinamentos na prática da caridade. Nossa Matriz fica no bairro de Piedade, e nossas filiais em Sampaio e Vila Isabel (Rio de Janeiro)

quarta-feira, 20 de abril de 2016

Salve Jorge ou... Ogunhê!!!

“Eu andarei vestido com as roupas e as armas de Jorge, para que meus inimigos tenham pés e não me alcancem, tenham mãos e não me toquem, tenham olhos e não me vejam, e nem no pensamento eles possam me fazer mal.”

As frases de impacto são de uma prece feita a São Jorge. Conhecido popularmente como o “Santo Guerreiro”, São Jorge arrebanha uma legião de devotos verdadeiramente apaixonados. São pessoas que, movidas pela fé, conseguiram enfrentar grandes provações na vida, atribuindo a superação a uma ajuda do santo.

Segundo relatos, a história de São Jorge teria começado na antiga Capadócia, região que hoje pertence à Turquia. Junto com a sua família, ele se mudaria para a Palestina, onde se alistara no Exército Romano, servindo ao Imperador Diocleciano.

Convertendo-se ao Cristianismo Jorge passaria a defender os cristãos que eram perseguidos pelo Imperador. Por isso foi torturado e decapitado, na Nicomédia, no dia 23 de abril do ano 303.


Várias são as lendas e curiosidades em torno de São Jorge, mas a maior delas, com certeza, é: de onde teria surgido o dragão da sua popular imagem? A versão mais contada é que em certo país do Oriente, havia um dragão que saía de um lago e lançava chamas sobre toda uma cidade, levando à morte os seus moradores. Para acalmar o feroz inimigo, jovens donzelas eram dadas em sacrifício para serem devoradas pelo dragão, que passava um longo período sem ameaçar a cidade. Ocorreu que certa vez, a donzela era a filha do Rei.
Quando a jovem estava preste a ser devorada, eis que surge dos céus um cavaleiro iluminado, montado em seu cavalo. Era São Jorge, que com sua espada e sua lança, matou o dragão. Para alguns essa lenda seria uma simbologia de que o dragão significava o demônio, e a lança e a espada eram as armas da fé. 

A verdade é que todas as histórias sobre São Jorge sempre foram muito questionadas, e há alguns católicos que ainda duvidam da existência do santo. Em maio de 1969, o Papa Paulo VI, para agradar aos protestantes, aboliu o culto dos santos que não tinham registros históricos, mas somente relatos tradicionais, como é o caso de São Jorge, que mesmo entre questionamentos, é o Padroeiro da Inglaterra, de Portugal, da Lituânia e da Geórgia.

No Brasil o santo guerreiro também apadrinha muitos fiéis. Uma das razões para essa enorme devoção ao santo é a ligação forte que ele tem com a Umbanda, através do sincretismo religioso. Na Bahia, São Jorge é ligado à imagem de Oxossi. Já no Rio de Janeiro e demais regiões, o santo representa a força da falange de Ogum.

OGUNHÊ


Ogum é o orixá da guerra, o senhor dos caminhos, aquele que vence as demandas. Nele depositamos toda a confiança para vencermos as batalhas do nosso cotidiano na terra. 

De acordo com a mitologia Iorubá, Ogum é um bravo guerreiro, uma personificação do Orixá. Ele é conhecido como o ferreiro dos orixás e tem uma ligação muito forte com os metais e sua manipulação. Os “metais” em geral são extraídos da “terra” com o auxilio do “fogo”. Sendo assim podemos entender que na sua origem africana, Ogum é o orixá da transformação, da astúcia, da vontade. Não é por acaso que na mesma mitologia, ele aparece como o primeiro Orixá a descer a Terra e pleitear uma existência humana como um “semideus”. Isso indica uma aproximação dos seus valores divinos com a própria representação humana, racional e mortal.

Por esse motivo, temos várias correntes de falangeiros que trabalham e vibram na linha de Ogum, manipulando essa energia transformadora para purificar as almas dos encarnados e desencarnados. Para afastar os espíritos trevosos, para guerrear contra as demandas negativas dos planos material e espiritual.

Além dos falangeiros de Ogum que se apresentam com diversos nomes (Ogum Matinata, Ogum Sete Espadas, Ogum Canjira, Ogum Megê, Ogum Beira-Mar, entre outros), em nossa Casa vemos também a presença de caboclos que trabalham nessa energia (Jupira, Rompe Mato, Guaraci, Cobra Coral, só para citar alguns que se apresentam em nosso terreiro sob a irradiação de Ogum) e também a afinidade com a falange de Exu. 




Em nossa Casa, a falange de Exu está subordinada à Linha de Ogum e pedimos permissão a este orixá para as giras com o Povo Trabalhador. 

No sábado, a SEFA realizará a Gira de Louvação a Ogum, a partir das 16h, na Matriz: Rua Manuel Vitorino, 420 - Piedade.

Informações: (21) 99266-3786 (também pelo WhatsApp)




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